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" Todos os seres humanos são diferentes, e devem exercer esse direito até suas últimas consequências..."

domingo, 27 de junho de 2010

Um Ser sem Razão


E sempre sem querer, aquela pose ele fazia pra aparecer...

Nem mesmo os sonhos disformes faziam sentido, frente a uma pessoa velha de coração.

Os mesmos caminhos tortos seguidos pelos pais,

Os mesmos medos infames de um sentimento qualquer...

Falaram que morreria só...

E ainda assim,

Ele sabia que era preciso.

Decentemente, encarecidamente, ele ajudava os pobres de dinheiro... porém ricos de coração...

Pobres de não ter aparência para trabalhar, roupas sujas com cheiro de tempos passados... com cheiro de frio... e de falta de banho...

Indecentemente ele arruma “mulheres produtos” que se vendem para ajudar à família, ajudar ao pequeno ser que ainda chora sua ausência nas madrugadas de dor de fome...

Ele serve a um Deus qualquer... que serve amor e ódio numa bandeja só.


E quem sabe, um dia se case.

Com uma santa qualquer...

Com uma amélia sonhadora...

Parideira de seus filhos,

Reflexos de seus próprios desejos, cobras criadas antes de nascer...

Venenos letais a oferecer...

Ele vive,

E é dentro de alguns que vi por aí...

Nessa andança...

Nesse mundo cão...

Nesse mundo às vezes sem razão...

Renato Machado.


Um comentário:

dand disse...

Nossa, que profundo! Coisa de geminiano mesmo tinha que ser rsrsrsrs.Intenso nas palavras e no contexto..

abraçuu