Incognyti

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" Todos os seres humanos são diferentes, e devem exercer esse direito até suas últimas consequências..."

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Retalho

Neve que cai de um tempo sem fim,
Eu acordo de um sonho ruim.
Lanço um perfume qualquer
E espanto a poeira do quintal,
Deixo marcas guardadas
De chuva e temporal.

Nego qualquer indício de sua passagem aqui,
Invento,
Requento.
E deixo as partículas soltas,
Submersas na inconstância do meu ser,
Retalho partido.

Pobre de mim,
Que nasceu desse amor,
Hoje vive migalhas,
Procuras,
E valor.

Cato esse grão,
Cato essa luz.

domingo, 22 de julho de 2012

Não fuja dessas marcas ao entardecer,
Não beba meia garrafa pra então esquecer...
Eu passarei uns dias aqui,
E então serei teu,
Partirei desse mundo,
E serei seu.

Ser seu constante,
Ser seu andante,
Ser seu amor,
Ser seu carinho,
Ser seu colinho,
Ser seu sabor...

Apague o mal dessa noite fria,
Esconda qualquer dor,
Tem gente que nasceu pra vida,
Outros pra morrer de amor...
E venha sem deixar rastros,
O caminho é longo,
E o medo tem pernas.

Quero ser tua passagem,
Quero ser uma miragem,
De alguem que te amou.
Quero estar sempre atento,
Tão perto e tão sereno,
Com aquele meu amor...

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Estação

A vida é mesmo uma estação.
Alguns se tornam amores inesquecíveis..
Outros, amigos de passar o tempo.
Alguns se tornam amigos que eram amores.
Outros não se tornam nada,
Apenas passam.

E passam como um relâmpago.
Deixam marcas, profundas, incuráveis.
Outros deixam primavera, bons ares, paraísos...balões...

E seguimos na estação,
Sendo um pouco de tudo isso pra outros também.
É a troca dessa vida...
Que não se leva nada para o além...

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Cuide

Aos que cuidam de você, eu agradeço.
Faço um apelo, mereço, deixo permanecer.
Reconheço minha fraqueza,
Falta de fé.
E crio em mim um lugar,
Onde vive sua imagem,
Seu altar.

E te adoro calado,
Nos escombros deixo viver,
Esse amor feito agua,
Que jorra em meu ser.

Crio estórias em minha mente,
De como poderia ser,
Ter você de novo comigo,
Na plenitude de saber.
E me perco nas feridas passadas,
Uma "neoplasia" nesse querer.
Só há um corte a se fazer,
Separar minhas mãos de você.

E lhe deixo um recado, um poema,
Um beijo e uma saudade.
E assim te marco em mim pela eternidade...

domingo, 8 de abril de 2012

Trecho

Um carinho, um afago ou uma fagulha qualquer.
Esse coração deseja sossego, apreço e bem viver.
E acalmo, reparo,
E deixo ser.
Nas vertigens de um beijo,
Tudo isso posso ter.


domingo, 4 de março de 2012

Reflexos

Me liberto agora de tuas entranhas,
De tua pele manchada.
E encarçerada deixo tua alma.
Lavando essas mãos vazias de ti,
Com as lágrimas desses olhos que me saltam do corpo.

Deixo perdida qualquer lembrança,
E desenho sóis de todas as cores,
Pra iluminar o jardim já perdido,
Seco,
Despido de vida que ainda cuido.

Enfeitiço o espelho,
Me faço estórias,
E faço um chá,
Sento naquela cadeira,
Fria e empoeirada.
Queimo o cigarro deveras aceso,
Esfrio o chá com esse coração perdido.

Preso em silêncios,
Preso em soluços,
Me alcanço,
Me lanço,
Me enxergo.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Rabiscos

Nesses dias de silêncio, onde o improvável se mostra presente,
Eu rabisco meus escritos,
E penso nessa vida.
Só consigo perceber que neste momento só há Eu.
E caminho pela rua, deserta.
Pelos sons de minha cabeça.
Me faço fortaleza.
Me torno inalcançável.
Me torno eu.
Me despeço de toda fagulha de fragilidade.
Me entrego as canções de amor.
E tento achar ali resposta.
Mas esse eu, nao quer ouvir.
Nem falar,
Nem sentir,
E nem pensar.
E continua rabiscando seus escritos.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Penso em Você

Penso em você
É uma canção
Que eu não consigo esquecer

Penso em você
E é o livro
De um amor que não se lê
Penso em você
E acho que nunca saberia rejeitar
Um pensamento assim
É o perfume na memória do prazer

Penso em você
Há tanto pra contar
E há tanto pra viver

Penso em você
Por entre as telas
Pelos quadros de Matisse
Penso em você
Em um soneto ensolarado de Vinícius

Penso em você
E essa paisagem
Em cada passo mais bonita
Se revelará
E acho que até hoje
Dela eu não saí

Penso em você
Há tanto pra contar
E há tanto pra viver

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Um

Eu não nego jamais,
Não permito mentir,
Existe um medo aqui,
Ele sai e foge ao ver sua luz,
Eu me ilumino e sou visto daí,
Me banho,
Te banho,
Me faço feliz,
Te faço feliz,
Nos faço um só.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Viajar

Pessoa linda,
alma tão bela,
beijo meu.
Encanto de flores e primaveras,
de esquinas e colinas.
De algo meu,
desenhado,
querido e sonhado.
Deixa eu entrar no balão que tu me deu,
pra viajar em ti... Viajar em nós...!

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Bom Senso, Foda-se (Repostagem)

É exageradamente estranho, ver o sangue que escorre da navalha do meu silencio...
O som ofegante de um homem que nada disse... apenas sentiu...
O vibrar de um coração enlameado... sujo pelo tempo, sujo pelo que sente...
Mordido e viciado com o veneno do medo,
Isolado pelos cacos de vidro, de copos que antes enfeitavam uma estante linda... feita de mentiras e hipocrisia...
Numa casa onde só havia dor... onde o palhaço já nem reconhecia seu valor...
Onde a campainha não toca, e a porta vive aberta, talvez viva assim pelo fato de se ter a tola esperança que alguem incrivelmente único e especial vai entrar e sorrir... e tirar o vazio desolador... o medo enlouquecedor...
O sangue pinga... pinga forte...
E a navalha corta... corta mais uma alma...
Mais um desejo piegas de ser algo diferente...
Algo novo para um mundo repetido e usado.
Algo velho para uma historia nova...
Retalhos de tantas coisas...
Utopias de uma só geração...
Catarse simples... coerentemente incoerente.
Com uma paciência invejável de ver pelos olhos do outro...
Olhos furados pela inveja de um mundo inteiro...
Folheados num livro sem fim,... um livro sem capa... sem autor, sem personagem... um livro sujo... de talvez e de porquês...

...E o sangue escorre... e a lama se confunde... e os cacos se misturam... e eu brinco de dançar...

Caminho dos Loucos

Há um motivo,
Eu já vi acontecer,
Perdões não sao capazes,
De fazer.

Doa um caminho inteiro,
Doa uma vida posta,
Na mesa, na rua, num quintal.
Existem verdades,
Que doem e deixam tudo normal.

É chegada a hora de fugir desse latin,
Desse quintal de loucos,
Desse mundo,
Desse festin.

Vou-me indo companheiro,
Não me apresso e chego já,
Nesse caminho,
Eu já vejo o sol raiar.